sexta-feira, 14 de março de 2014

POR DETRÁS DO BLOGUE... MALMEQUER

Quando vi pela primeira vez o Malmequer, pensei que tinha descoberto uma autêntica pérola. O tempo veio provar que eu tinha razão no meu primeiro julgamento: por lá podemos encontrar um pouco de tudo, desde reviews de maquilhagem a roupa, partilhas de gostos pessoais, receitas, lifestyle, sugestões nas mais variadas áreas, como cinema e restauração... Isto aliado a uma qualidade fotográfica irrepreensível (quem me dera), a uma boa escrita e a um design simples mas muito bonito. Um estilo muito próprio, portanto.


A Mafalda acedeu rapidamente ao meu convite para esta entrevista e devo dizer que gostei muito das respostas dela. 
Mais abaixo, perceberão porquê...


Perguntas individuais

HIMA - O teu estilo lembra muito a Alexa Chung. Inspiras-te nela ou têm apenas gostos comuns?
Mafalda - A Alexa é, sem dúvida, uma grande inspiração para mim. Apesar de não ser o meu ideal de mulher fisicamente – acho-a extremamente magra – tem um estilo com o qual me identifico muito e que vai muito de acordo com os meus gostos. É impossível não me inspirar nela!

Já não és propriamente novata no mundo dos blogues. O que achas da evolução da “blogosfera” nos últimos anos?
Actualmente, acho que está um pouco mais friendly. Há uns meses atrás (talvez no último ano), a competição era demasiada e havia uma certa rivalidade entre blogues – que sempre me fez um pouco de confusão. Acho que, hoje em dia, os blogues estão mais “crescidos”, com uma melhor evolução e com bastante qualidade. É certo que os blogues que sigo são todos dentro da mesma temática (beleza, moda, lifestyle...) e acabam por ser muito semelhantes entre si – o que não me desmotiva, de todo. Mas fico, de algum modo, feliz por ver que estamos todos a evoluir no bom sentido e que já se escreve com muita qualidade na blogosfera portuguesa.

O teu gosto pela fotografia e o teu talento para tal estão patentes no Malmequer. Trabalhas nessa área? Se não, gostarias de o fazer? O que te despertou a atenção para esta arte?
Infelizmente não trabalho na área mas era, sem dúvida, algo que gostaria de fazer e que sei que, eventualmente, ainda se irá cruzar no meu caminho. É daquelas paixões em que luto para ser melhor e que faço para que um dia consiga ter sucesso. Como surgiu este amor, nem eu sei... Sei que começou com uma máquina lomográfica, uma fisheye, oferecida há uns anos pelo meu namorado da altura. E a partir daí, nunca mais parei – felizmente. 

Fala-se bastante de comida no Malmequer. Gostas de cozinhar? Se só pudesses comer pratos típicos de um país, qual escolherias?
Gosto imenso de cozinhar, sim. Até há bem pouco tempo apregoava que a Bimby era uma máquina para preguiçosos e que quem gosta mesmo de cozinhar, não lhe daria utilidade. Agora já penso de forma diferente, mas continuo a gostar de “pôr as mãos na massa”. Se tivesse que escolher... É complicado. Vivi em Itália durante um tempo e rendi-me à verdadeira comida italiana mas adoro comida mexicana e libanesa. Ser-me-ia muito difícil escolher até porque também não dispenso a boa comida portuguesa!



Como surgiu o teu mais recente projecto, a Maria Cenoura?
A Maria Cenoura não é bem um projecto meu, é mais da minha família. A minha mãe sempre teve uma grande paixão pelos louvores e, aliado aos cortes que houve na empresa onde ela trabalhava, resolveu juntar a paixão pelo hobbie ao trabalho do dia-a-dia. Foi quase como tornar físico um projecto que existia há muito, embora fosse sempre sem nome.

Consideras-te impulsiva na hora de comprar ou ponderas muito bem antes de investir em alguma peça? Qual o tipo de objecto em que és capaz de gastar mais dinheiro?
Neste momento já sou muito mais ponderada. O facto de ter feito o Projecto Pé-de-Meia veio abrir-me os olhos nesse sentido. Já dificilmente compro por impulso e valorizo mais o dinheiro que ganho ao final do mês, sem comprar só porque acho giro ou porque não tenho naquela cor. Acho que é muito mais compensador quando lutamos por determinada peça e quando há todo aquele namoro que nos faz sentir mesmo bem quando compramos algo. Gastar mais dinheiro, sem dúvida, será em malas e sapatos. São duas coisas que, quando são de boa qualidade, valem o dinheiro que lhes é empregue e são capazes de durar uma vida!

Para ti, até que ponto é que se pode partilhar a vida pessoal num blogue? 
No meu caso, não gosto de me expor demasiado. Entendo que haja quem o faça e quem partilhe bastante da vida pessoal e não o condeno. Não me importo de partilhar o dia-a-dia e pôr uma ou outra foto minha, esporadicamente. No entanto, não acho que seja esse o focus do meu blog e não quero, de todo, que seja um diário aberto. 

Gostarias de viver noutra cidade que não fosse Lisboa?
Bem, eu não vivo mesmo em Lisboa, mas sim, via-me a viver noutra cidade. Adoro Lisboa e sei que, viva onde viver, irei sempre voltar aqui. Mas adaptava-me facilmente a outra cidade – desde que fosse cosmopolita e caótica, que não fui feita para viver no campo e na calmaria.

Como é que a maquilhagem passou a ser um gosto para ti? 
Desde cedo que comecei a ter algum interesse por maquilhagem. Fui bailarina durante muitos anos, começando aos 7 no mundo da dança e sempre gostei daquela fase antes de entrar em palco, onde era maquilhada e penteada... Sempre achei que tudo aquilo tinha algum fascínio. Com o crescimento comecei a procurar mais e a ler mais sobre o assunto e é, sem dúvida, um mundo que tem imenso para explorar e para conhecer.

Consegues resumir os seis anos do Malmequer numa palavra?
É complicado mas acho que, resumindo numa palavra, terá mesmo que ser “crescimento”. O Malmequer começou por ser um blogue de... Bem, nem sei bem o quê... E evoluiu, cresceu num óptimo sentido e tomou um rumo com o qual me identifico mesmo. Foram, sem dúvida alguma, 6 anos de crescimento! E que venham outros tantos! 


Perguntas gerais

Se tivesses de escolher apenas três marcas para viver para o resto da tua vida (moda e beleza), quais seriam?
Zara, Chanel e La Roche Posay (empatado com a Caudalíe).

De que forma é que o nome do teu blogue diz alguma coisa sobre ti? 
O nome "Malmequer" surgiu há muitos anos atrás e pegou sem que houvesse um grande significado. Mas o facto de serem flores que dão o ano todo, que crescem e se adaptam facilmente, tem um pouco a ver comigo, sem dúvida. E claro, são flores alegres e com vida! 

Se pudesses viver apenas do blogue e tivesses de abdicar de uma carreira profissional na tua área,  fá-lo-ias?
Talvez. Neste momento estou a apostar na formação na área do webdesign e acredito que até conseguiria conciliar as duas coisas. Mas acho que, actualmente, não é uma realidade que seja possível em Portugal, como é noutros países. 


Obrigada Mafalda, pela simpatia, pela disponibilidade e pelo conteúdo! Foi, sem dúvida, uma grande entrevista.

Quem será a convidada da próxima semana?

2 comentários:

  1. Gostei do contraste Zara e Charnel, mas que apesar de tudo é muito válido! Parabéns pelo blog ;) Beijinho, sucesso*

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